“O que falta, na verdade, não é tanto a minha fé no meu talento mas algo mais geral: eu precisaria de confiar na vida, abandonar-me completamente ao meu destino, acreditar na existência , que, no final, é uma coisa positiva. Foi o que fiz em tempos, sem sequer saber disso. Essa fé e confiança fazem surgir os nossos tesouros da criatividade: eles dão origem àquele lugar rico, luxuriante e cálido, onde amadurecem os frutos tardios e lentos da criação. Acho difícil entender os casos em que as desventuras da vida, os acontecimentos trágicos são, pelo contrário, criadores. Esse tipo de criatividade deve ser muito diferente da minha.”
Bruno Schulz,
retirado do posfácio de Ricardo Castro em “Sanatório sob o signo da clepsidra” de Bruno Schulz, edições do tédio.
Pavões do sábado passado ou a possibilidade de ver as mais belas combinações de cores.